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sábado, 11 de janeiro de 2014

A Caneta Sente, O Autor Escreve


Fotografia: Orlando Braga

Louvor ao interno dormidor,
Na interrupção do seu roncar.
Pela porta fora segue pelos arredores da cidade despida,
Empático com os poucos estranhos deparados na rua.

Agente estrangeiro em defesa da contrariedade,
Filosófico continuador de todas as linhas da estrada,
Sintonizador de imagens de cores realistas e presentes,
A audácia da sedenta caneta em prol do seu aristocrata.

Arcano persistente,
Oscilante entre o mundo físico e imaginário,
Na companhia de estranhas condutas inatas.
Que abafo de ar agradável e tão linear.

Em causa calcula a pureza patente,
Sentida e pernoitada em uma remota sensibilidade.
Apreensão? Reação? Tormento?
Artérias diferentes, paralelas e contínuas…

Prosseguidor de sentidos opostos,
Com pergaminhos complementares do seu parecer.
Ele abandona o altar exigente,
Sente e é filho de boa gente.

André Castro

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