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terça-feira, 5 de julho de 2011

Boneco de Trapo



“Boneco de trapo!”
“Para onde foste levado?”

Acordei num dia não
Murmurei palavras em vão

Passava o tempo
E era sempre o mesmo

Não estavas
E eu já não ficava

“Para onde vou?”
“Para onde foste?”

Percorri milhas de distância
Ouvi mil e uma falácias

Fiquei sem ar
Deixei ficar

Lidei com toda a diferença
Verifiquei muita divergência

Todos os ventos seguiam determinada direcção
Nem tudo era justo, mas guardava-te no meu coração


André Castro

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